quarta-feira, 26 de maio de 2010

Zona de Conforto


Já reparou que na vida nos deparamos com dois tipos de "gente"?

Tem aqueles que apostam tudo em algo novo o tempo todo, apostam suas forças, suas esperanças, seu tempo, seu dinheiro e até mesmo sua fé. A essas pessoas damos sempre o nome de corajosos, pessoas que não tem medo de errar.

Mas, há também aqueles que chamamos de acomodados, são as pessoas que simplesmente não se importam em não acompanhar o ritmo frenético das mudanças tecnológicas, das mudanças no mundo, que se acomodam em suas vidas e seu estilo de vivê-la. São os desmotivados, que dizem "tá ruim, mas tá bom". Preferem ver a vida passar e nada fazer.

Outro jargão pode explicar este impasse: “tudo que é demais faz mal” e por isso os dois posicionamentos são incorretos. Agir impulsivamente ou continuar no ritmo “sombra e água fresca” trazem malefícios em todos os sentidos: corpo, mente e espírito. Equilíbrio é a palavra-chave. Por isso, se mova e saia da sua da zona de conforto!

O emprego não anda nada bem, mas graças a Deus porque você tem um. O casamento está por um fio, mas pelo menos você não está sozinha(o), como outras por aí. A insatisfação perdura em vários âmbitos da vida, mas pra quê pensar nisso? Amanhã eu resolvo. Depois eu me posiciono sobre este assunto. Segunda eu começo a dieta. Mês que vem eu começo a me cuidar. Se você se identifica com algumas dessas frases acima é melhor se alertar para um mal quase imperceptível, mas que pode causar danos irreparáveis: você pode estar na zona de conforto, um estado de insatisfação, porém, de comodismo. Algo está ruim, você sabe que isso lhe prejudica, mas não faz nada para mudar a situação.

Mas eu ouso dizer que existem as pessoas que estão no meio desse outros dois tipos de "gente". São aqueles que sentem que para conseguir mais conforto, é necessário sair da ZONA DE CONFORTO, e procuram lentamente ferramentas para não serem e não ficarem nos extremos. Essas pessoas sentem que a hora de mudar chegou. Seja mudar de casa, trabalho, organizar a vida familiar, resolver problemas do passado... Simplesmente mudar alguma coisa que não esta mais satisfazendo seu ego, sua vaidade, sua vida!

As mudanças são desconfortáveis, trazem insegurança e ansiedade. Mas são necessárias. É preciso preparar-se continuamente para os novos desafios que se apresentam todos os dias. Tudo é impermanente. A insegurança é a regra. Não podemos contar com a estabilidade nas relações sociais, profissionais ou comerciais. A todo o momento, surgem novidades. É preciso acompanhar o progresso inevitável que ocorre a uma velocidade cada vez maior.

Mas o que fazer, como sair da zona de conforto, sem que isso seja extremamente estressante e desgastante?

Em primeiro lugar, acompanhar de perto o constante desenvolvimento, em todos os setores da vida. Manter-se bem informado a respeito de tudo que seja relevante para a qualidade da vida, o bem-estar, o progresso material e espiritual de si próprio, da família, da comunidade.

Em segundo, manter ativo o processo permanente de desenvolvimento pessoal, a nível psicológico, espiritual e profissional. Mas isto requer motivação, força de vontade, desprendimento. A motivação ocorre naturalmente(motivação é um processo intrínseco) quando se vislumbra a satisfação de uma necessidade real e atual, quando se destaca um benefício concreto. Mas, muitas vezes, não ocorre a consciência de uma real e atual necessidade. Ou, então, não se vislumbra a satisfação concreta de uma necessidade consciente. Ou, em outra hipótese, não se acredita na possibilidade de se verificar um efetivo benefício em razão de determinada atitude.

Sair da concha, abandonar a zona de conforto é uma providência absolutamente necessária para a manutenção de uma vida digna, plena de qualidade, satisfação e conforto. A estagnação conduz ao desconforto, a uma vida marginal, sem sentido.

Se ousar ou mudar a situação é algo difícil, ter a consciência de que você permanece neste estado de inércia e infelicidade é bem pior. “A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer”, já dizia uma escritora que sinceramente agora não me lembro o nome. A busca por qualquer estágio mais avançado nas relações pessoais, de trabalho, ou em qualquer outra, sempre exigiu esforço, determinação e persistência.

É a velha história da lagarta que virou borboleta, mas que antes precisou entrar no casulo. É um estágio de “amadurecimento”, de desprendimento da atual situação, e que às vezes machuca, mas traz a certeza de bons resultados.

A nobreza da frase “Quem não arrisca não petisca” vai além de um ditado popular, pois deixa uma importante lição: corra risco e torne a sua vida muito mais interessante. Esta é, talvez, a maior razão para que você saia hoje de sua zona de conforto. Ou você prefere passar o resto de seus dias levando uma vida rotineira, previsível, sem nunca saber a pessoa extraordinária que é? Torne desafiadoras as circunstâncias de sua vida para que sua grandeza possa subir à superfície.

Para alcançar a plena realização, em todos os sentidos, o ser humano precisa estar sempre em movimento, em ação. Necessita descobrir novidades, participar da vida em comunidade, da política local e nacional. Precisa agregar valor a si e aos outros, contribuir, de alguma forma, para o progresso da humanidade.

Então Deixei a sua ZONA DE CONFORTO. E desfrute de uma vida bem mais interessante!

Um comentário:

  1. Amiga, leia o livro TUDO OU NADA. Estou lendo e fala exatamente disso, dos momentos do TUDO OU NADA em nossa vida ... Lindo texto, amei.

    ResponderExcluir