Um dia eu aprendo.

Ao longo da minha vida aprendi muitas coisas e tenho a certeza de que mesmo que eu viva 100 anos não vou ter aprendido o suficiente. Pois sei que,  morro e não vejo tudo. Não estou falando de assuntos técnicos ou de coisas que aprendemos nos bancos da escola, universidade, cursos. Me refiro aqui aos ensinamentos que a vida e os acontecimentos dela nos proporcionam a aprender.

Eu ainda era bem criança, quando dentro de casa tive que aprender que pessoas queridas ficam doentes e que eu mesmo criança podia ajudar. Na minha pré adolescência aprendi que pessoas se vão e que a morte é a última etapa da vida e faz parte do dia-a-dia, pessoas chegam em vão nas nossas vidas, assim como em uma estão de trem.

Aprendi bem cedo que meus deveres são minhas responsabilidades e como eu executo também é problema meu. E que tudo o que faço tem uma reação.

Depois, aprendi que para conseguir alguma coisa que eu queria muito, tinha que perseverar, me esforçar, acreditar em mim. E que sozinha eu nunca chegaria a lugar algum.

Não percebi que ao longo do tempo, me tornei uma pessoa ansiosa, perfeccionista e que prefere sempre estar no controle, assim as perdas seriam menores. Que grande engano. Estar no controle não faz com que eu perca ou sofra menos, muito pelo contrário, dominar sempre, parecer forte é que me causava grande sofrimento.

Hoje, estou aprendendo comigo mesma, com a vida, com as pessoas. Mas principalmente estou dando as pessoas à oportunidade de fazerem parte da minha vida. Dividir comigo tristezas, alegrias, emoções, situações. Hoje me olho sempre como se estivesse de frente a um espelho e nua. Consigo perceber quando perco, quando ganho. Mas ainda não aprendi a não ter ansiedade e a criar grandes expectativas sobre as coisas que vivo. Expectativas são boas, desde que não te deixe ansioso e se não der certo seu sonho, seu projeto, você ainda tenha forças para recomeçar.

Um dia eu aprendo...