sábado, 2 de julho de 2011

LUXÚRIA




Dobro os joelhos

Quando você, me pega
Me amassa, me quebra
Me usa demais...


Perco as rédeas
Quando você
Demora, devora, implora
E sempre por mais...


Eu sou navalha
Cortando na carne
Eu sou a boca
Que a língua invade


Sou o desejo
Maldito e bendito
Profano e covarde...


Desfaça assim de mim
Que eu gosto e desgosto
Me dobro, nem lhe cobro
Rapaz!


Ordene, não peça
Muito me interessa
A sua potência
Seu calibre, seu gás...


Sou o encaixe
O lacre violado
E tantas pernas
Por todos os lados


Eu sou o preço
Cobrado e bem pago
Eu sou
Um pecado capital...


Eu quero é derrapar
Nas curvas do seu corpo
Surpreender seus movimentos
Virar o jogo

Quero beber, o que dele
Escorre pela pele
E nunca mais esfriar
Minha febre...

Isabella Taviane

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