segunda-feira, 18 de julho de 2011

MINHA MÁQUINA DE PENSAR


É tarde, tenho sono, estou na cama. Fecho os olhos a cabeça roda, os pensamentos quase me enlouquecem.

Permaneço deitada, olhos abertos, e os pensamentos são tão rápidos que chego a ter dificuldade em diferenciar o que é real do é somente fruto da minha imaginação.

Coloco musica, fica pior, a cada melodia, uma nova lembrança, um novo pensamento, coração acelerado, é tudo junto e agora ao mesmo tempo. A sensação é de que estou enlouquecendo.

Desligo as melodias, tento respirar de uma única forma, tento meditar, impossível. Meus pensamentos a essa altura já não obedecem mais a minha vontade de parar.

Fecho os olhos mais uma vez, uma lagrima cai levemente no meu travesseiro, sinto molhar meu rosto, até os lábios. Não, eu não quero chorar. É mais forte do que eu.

Deixo escorrer algumas lagrimas, consigo me concentrar em outros pensamentos, abro e fecho os olhos por várias vezes, estou no escuro, só eu e meus pensamentos.

Tento não olhar para o relógio, é inevitável, já são quase três da manha e eu ainda estou brigando com a minha mente. Procuro urgente um botão de liga e desliga, perdi o controle, perdi a batalha.

Desisto de lutar contra minhas lembranças, meus pensamentos, minhas emoções e com minha razão. Deixo fluir tudo o que tiver na mente. Respiro, medito, me imagino em um lugar diferente. Sinto as emoções que gostaria de viver. Estou cansada e ainda não consigo ficar com os olhos fechados.

São cinco da manha quando finalmente, fecho os olhos definitivamente é como um sonho e eu sinto meu corpo totalmente relaxado. Adormeço.

Acordo atrasada, cansada, e no primeiro abrir de olhos a maquina do pensamento volta a funcionar de forma intensa e insana.

Começa um novo dia, novas oportunidades!

Cris Zafred Zanaga

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