sexta-feira, 22 de julho de 2011

CHOVE EM MIM

Quando eu fui capaz de ouvir a chuva, o som se misturou com minhas lágrimas e me senti inundada de uma tristeza que nunca coube em meu peito.
O único barulho que eu conseguia ouvir era meu próprio amor me pedindo para não chorar mais, não mais me entristecer por que tudo haveria de ser melhor ao amanhecer.
Amanheceu e o sol não foi forte o suficiente para me aquecere e tão pouco para me dar forças de viver mais um dia. Levantei da cama como que por osmose, fiz somente as obrigações de quem precisa sobreviver e mais nada.
Não há agora o que cala meu coração, há somente uma voz bem no fundo, me fazendo a todo tempo lembrar suas últimas palavras, de seus últimos suspiros de que quando estávamos juntos pela ultima vez.
Na memória as lembranças de beijos, abraços e carinhos que nunca senti anteriormente. Você cantando a nossa música, me fazendo acreditar que o amor ainda era possível nesse mundo onde um sentimento tão nobre anda tão raro.

Cris Zafred Zanaga

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